O brasileiro quer mudança. Segundo pesquisa da Loft, mais de 60% dos brasileiros consideram a possibilidade de se mudar de imóvel nos próximos dois anos. Esse dado reflete uma transformação nas prioridades e necessidades da população, influenciando o comportamento no mercado imobiliário.
A busca por melhor qualidade de vida, segurança e acessibilidade econômica são os principais motivadores dessa tendência, especialmente entre os clientes do segmento econômico do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Logo, é importante entender o porquê desse desejo e como as empresas devem se preparar.
O que impulsiona a intenção de mudança de um imóvel
A busca por um lugar melhor para viver é o primeiro motivo que leva à mudança. Muitos desejam se afastar de centros urbanos superlotados e caros, onde enfrentam problemas como violência e falta de áreas verdes — visto que 36,2% querem mudar de bairro, mas permanecer na mesma cidade.
Assim, a possibilidade de encontrar moradias em regiões mais tranquilas, com maior contato com a natureza e comunidades seguras, torna-se um grande atrativo.
O peso no bolso também influencia. Com a inflação e o alto custo dos imóveis nas capitais, famílias estão optando por cidades periféricas ou menores. Nessas localidades, elas podem acessar imóveis com melhor custo-benefício, muitas vezes conseguindo mais espaço e infraestrutura adequada. E o melhor: sem comprometer o orçamento familiar.
Ainda, a flexibilização do trabalho em alguns setores, especialmente após a pandemia, e a valorização do contato com a família incentivam a procura por locais onde é possível conciliaras necessidades de moradia com a proximidade de parentes e amigos. A possibilidade de adotar uma rotina menos estressante tem sido um fator determinante na decisão.
Como isso surge como oportunidade para o setor imobiliário
Toda mudança de comportamento dos moradores traz vantagens e desvantagens para as construtoras — e cabe a cada um escolher qual lado quer olhar. Por aqui, escolho o lado otimista.
Dessa forma, vendo as demandas da população, é interessante que as empresas foquem em investir em áreas com potencial de valorização, próximas a grandes centros, como cidades metropolitanas e polos de desenvolvimento econômico.
Nessas regiões, o custo de terreno e construção ainda é menor e oferecem acesso a serviços e infraestrutura. Esse posicionamento permite atender quem busca melhor qualidade de vida com um ticket mais acessível e com maior potencial de retorno.
Aqui, a parceria com o setor público vem bem a calhar. As companhias podem criar parcerias com prefeituras e entidades locais para oferecer incentivos e benefícios a novos moradores, como condições especiais de financiamento. Isso reduz barreiras de entrada para os clientes do MCMV, aumenta a compra de imóveis e auxilia na economia local.
Outra alternativa para captar o olhar de quem pretende se mudar é o investimento na infraestrutura dos condomínios. Exemplo disso é o que acontece na BRZ, em que desenvolvemos projetos que oferecem áreas de lazer bem planejadas, segurança e infraestrutura para trabalho remoto, como coworkings e espaços comuns. Tais características agregam valor percebido e permitem a precificação competitiva, o que aumenta a margem de lucro sem que o custo da obra aumente.
No mundo corporativo, mudança é sinônimo de oportunidade. Então, fica aqui a minha dica: atente-se às tendências de comportamento do consumidor no mercado imobiliário. Quem seguir o caminho da demanda do cliente pode até não colher os frutos de imediato, mas terá o banquete servido ali na frente.
Fonte: moneytimes.com.br
Cadastre-se e receba novos imóveis direto na sua caixa de e-mail